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terça-feira, 29 de maio de 2018

Tom do dia VIII


Eu não tenho medo de partir, tenho medo do que deixo ficar.

Tempestade Perfeita - Sobrepopulação

Fazendo um paralelo com o que aconteceu na épica Ilha de Páscoa onde o povo de Rapa Nui com origem na Polinésia, efetuou as primeiras incursões por entre 900 e 1200 D.C. - Reza o mito que um pequeno grupo familiar colonizou a Ilha de Páscoa, esta,  rica em fauna e flora encontrava-se coberta maioritariamente por árvores.

Subsistindo à base da agricultura, Os primeiros colonizadores utilizaram o método de queimadas para ganhar espaço e aumentar a produção e utilizaram a madeira como material para construção. A população prosperou atingindo cerca de 15000 habitantes e foi neste período que foram erguidas e espalhadas pela ilha as cerca de 900 estátuas Moai com 90 ton.


Em apenas algumas gerações a sobrepopulação esgotou os seus recursos naturais levando o ecossistema da ilha para além das suas capacidades regenerativas naturais, levando-o ao colapso. Consequentemente a população diminuiu drasticamente pela falta de alimento e material para construção de canoas, originando guerras tribais, fome e canibalismo.

Hoje existem teorias alternativas a este mito desde a introdução de uma espécie de ratos que chegaram à ilha nas sofisticadas canoas dos primeiros colonos e que dizimaram as palmeiras e ainda outras que dizem que a ilha entrou em colapso apenas depois da chegada dos primeiros europeus no Sec. XXIII.

Passando do Mito à Ficção, ou não. Temos já congressos que analisam a evolução do país para as próximas décadas sob um prisma demográfico, sociológico, económico e filosófico. Pois bem, há um par de anos tivemos a 1ª conferência do género em Portugal e nunca tinha ouvido falar tão abertamente de temas como a velhice e a mortalidade.

Com a minha idade, não acredito que haja alguém que não se preocupe com o que vai acontecer na segunda metade da vida, principalmente quando estimamos que vamos viver 10 anos mais do que supúnhamos. Vou ter dinheiro suficiente para me sustentar? Vou ter direito a reforma? Vão os meus filhos ficar prejudicados pelo número de velhos reformados/desempregados e incapazes de pagar a fatura do aumento da longevidade? Será que eutanásia para cidadãos seniores com menos rendimentos/saúde vai ser obrigatória ou simplesmente seremos premiados com benesses para a nossa família se o fizermos voluntariamente.

Estou no limiar da insanidade? Ou sou pessimista/realista o suficiente para pensar que inevitavelmente, o nosso sistema social, se encontra tão decrépito que daqui a 30 anos será impraticável, e até desumano.

Pedirmos aos nossos descendentes que nos sustentam com base numa obrigação esclavagista, quando na realidade dificilmente terão meios para manter uma vida digna para si próprios, a meu ver, é impensável.



Foram necessários 200.000 anos para a população atingir 1 Bilião e 200 anos para atingir 7 Bilhões. Como será a vida neste nosso paraíso azul quando formos 11 Bilhões em 2100? À medida que nós crescemos as necessidade de recursos crescem também. Certo?



Têm de ser tomadas medidas já!


- Educar as mulheres em países subdesenvolvidos
- Planeamento familiar

- Reduzir drasticamente o consumo

- Controlar a população

- Proteger os Habitats

As escolhas que fizermos hoje, vão afetar no futuro a nossa espécie, e toda a vida na terra.

Como saímos deste ciclo biológico inato nascido da nossa essência e cujo objetivo único é a sobrevivência da espécie através da reprodução, quando já não tivermos espaço, recursos alimentares e água potável para manter uma vida digna a todos?…

Vale a pena ouvir... e refletir!


Mais um Elefante na Sala: Alexandra Paul at TEDxTopanga 

As mentalidades estão a mudar, esta nova geração não tem condições de sobrevivência, vivem à custa do que os pais foram capazes de conseguir, porque esses ainda tiveram uma oportunidade. Estes jovens, já não tão jovens assim, pois têm entre os 25 e os 35 anos, e apesar da mais completa formação superior que possuem, ainda não tiveram, e duvido muito que venham a ter oportunidade de mostrar o que valem. Não têm um trabalho que lhes permita ter uma vida... casar, ter filhos, constituir família, simplesmente não criam uma estrutura sólida para o seu próprio desenvolvimento, ou do país.

O sistema ocidental em que a nossa humanidade está construído é corrupto, criado em bases de direitos adquiridos que hoje se encontram obsoletos, a estrutura que o sustenta tornou-se demasiado pesada e encontra-se em decadência mas os interesses das elites são superiores às alterações radicais e de raiz que o próprio país necessita para ultrapassar a crise socio-económica e demográfica em que vivemos.

A base demográfica em pirâmide com a diminuição da natalidade, inevitavelmente cairá. Muito em breve a democracia será seletiva e a liberdade de ganhar dinheiro estará disponível apenas para alguns. Será impossível num futuro próximo, viver sem ter sempre em mente que tudo não passa de uma questão de sobrevivência?...

Um pouco à semelhança de alguns filmes de ficção científica mais radicais sobre o controle populacional e o sacrifício de muitos para o bem de alguns.

A mim, se me perguntarem, não gostaria de viver assim. Se me perguntarem, não quero viver até aos 90 anos, a não ser que tenha a sorte de ter uma saúde de ferro, e uma cabeça sã, tipo Manuel de Oliveira, o que não me parece...

Tenho medo de não ter meios de sustento, afinal pois não tenho alternativa para se não viver para o dia a dia, para o agora e não para o amanhã, basicamente não tenho meios para sustentar o luxo que será a saúde, e não quero ser mais uma preocupação para os meus filhos.

Se o momento chegar, e espero que esteja errada, serei a favor da morte e da eutanásia, pois o que verdadeiramente importa é o que fica, não o que vai...

Porque nunca é demais refletir, aqui fica mais uma sugestão - filme - “Sem Tempo”


Parte 4 de 5

O que não tem remédio, remediado está!

Uma Declaração de Guerra

É assim! Não há muito a fazer desde que em consciência se tenha feito tudo o que seria possível fazer.

Quando somos confrontados com esta situação, apenas existem duas opções ou agimos ou desistimos, e como todas as nossas ações têm um preço, a decisão apesar de não ser fácil, está ali, clara, transparente como água.

Então analisamos, se o preço a pagar passa por desistir dos nossos valores ou do que acreditamos, então esta não é de certeza a opção e só podemos agir…

Agora é Preto ou Branco, os cinzentos já não existem, as oportunidades acabaram. Anos de tentativas falhadas, conversas e zangas. Chega! É tempo de fazer valer no que acreditamos.

Ponto final! Chegou o momento, e imagino-me a vestir a armadura e levantar a bandeira, tal Cruzado em missão na Terra Santa. Os valores e a determinação ditam a vitória para um bem maior que não é o meu.



Se eu pudesse escolher não faria a Guerra, a minha vontade não é agredir, magoar ou destruir. A guerra não é a minha escolha, é a minha obrigação e única opção, porque se há algo que vale a pena lutar é pelos meus valores e porque se há algo de que eu não desisto é daqueles que dependem de mim.