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segunda-feira, 27 de maio de 2013

Ser mãe de um adolescente às vezes parece castigo.


Pergunto-me muitas vezes se todos os pais com filhos adolescentes sentem o mesmo que eu ou se o resto da população tem filhos perfeitos, bem educados, preocupados com a família, além de serem excelentes alunos com capacidades extraordinárias e multifacetados?

Pergunto-me simplesmente se não fui capaz de passar os valores, a disciplina a força, que vai permitir tornar os meus filhos em pessoas bem sucedidas e ao mesmo tempo sensíveis e generosas?

Pergunto-me se sou a única (apesar de ter consciência de que já passei pelos 16 anos e o que esta idade significa), que me deparo com uma barreira cada vez mais alta, que não me deixa chegar aqueles que não há muito tempo diziam - mamã porque é que não podes casar comigo?


Isso passa dizem-me… OK… mas quando?…

Os adolescentes não têm consciência dos outros, simplesmente não conseguem colocar-se no lugar da outra pessoa. O seu cérebro ainda se encontra em desenvolvimento, encontram-se num período da vida de grande instabilidade emocional, hormonal, a descobrir a própria identidade e espaço num mundo cada vez mais caótico e exigente… OK!… mas afinal o que é que isto significa?

Que os limites são relativos? Que a compreensão, por vezes supera a razão? Para mim parece-me que estou a criar pequenos monstros egoístas e egocêntricos que me vão sugar até ao tutano e depois simplesmente, virar as costas.


Equivocam-se aqueles que pensam que não amo os meus filhos, pelo contrário, por eles vou até ao fim do mundo e para mim o amor dos pais é incondicional. Mas não será esse amor que os conforta mas também os afasta?


Só sei que nada sei… e se quando eram pequeninos pensava que era necessário livro de instruções, agora apetece- me gritar…

AJUDEM-ME, ALGUÉM TEM UMA ENCICLOPÉDIA?

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